Jack Frost e seu trabalho

“Ho! ho!” disse Jack Frost em uma noite fria perto do final de outono, “este 茅 exatamente o tipo de noite que eu estava esperando. As nuvens foram espessas o suficiente para conter o calor do sol, e o Vento do Norte esteve fora o dia todo dizendo 脿s pessoas que eu deveria estar por perto esta noite. 脌s vezes gosto de surpreender as pessoas; mas descobri que nem sempre sou bem-vindo quando fa莽o minhas visitas inesperadas, ent茫o desta vez mandei uma mensagem e espero que ningu茅m resmungue. 脡 uma boa noite para o trabalho.” Ent茫o Jack Frost arrumou sua caixa e partiu. A essa altura, o sol e as nuvens haviam desaparecido, e as estrelas brilhavam claras e brilhantes no c茅u escuro. O ar estava forte e frio, mas muito parado, pois o Vento Norte adormecera ao p么r do sol.

Como Jack Frost havia pensado, as pessoas o esperavam naquela noite. O fazendeiro mandou trazer os bezerros do pasto, onde estiveram durante todo o ver茫o. As portas do celeiro foram fechadas cedo e todos os animais foram acomodados para passar a noite. As pessoas pegavam suas plantas e colhiam as flores de outono dos jardins. “Estes s茫o os 煤ltimos deste ano”, disseram eles; “Jack Frost vai destruir tudo esta noite.” As m茫es foram at茅 as camas das crian莽as, colocando cobertores extras sobre elas, para que os pequenos ficassem aconchegados e aquecidos. Na verdade, devido ao gentil aviso de Jack Frost, a maioria das pessoas j谩 estava pronta para ele quando ele come莽ou seu trabalho.

Na caixa que Jack Frost carregava, havia pinc茅is grandes e pequenos e uma caixa de tinta. Ele tamb茅m tinha algumas coisas brilhantes de um branco prateado. Foi isso que ele usou nas vidra莽as. Algum material mais grosseiro do mesmo tipo servia para tornar o solo branco. Nem todas as suas ferramentas eram desse tipo, no entanto. Jack Frost torna muitas coisas bonitas, mas tamb茅m destr贸i. Faz parte de seu trabalho preparar a terra para o inverno beliscando as flores tardias, cortando a grama e endurecendo o solo; assim, al茅m das tintas e pinc茅is que ele tinha em sua caixa, ele tamb茅m tinha pin莽as afiadas, martelos e coisas assim.

Quando Jack Frost chegou 脿s castanheiras, ele disse: “Oh! As nozes est茫o maduras! Devo abrir os cardos para que os esquilos e as crian莽as possam pegar essas lindas nozes.” Por isso ficou muito tempo entre os castanheiros, espreitando os cardos espinhosos. Como eram bonitas as nozes marrons, embaladas t茫o confortavelmente em suas caixas forradas de veludo!

Jack Frost viajou r谩pido e para longe, trabalhando o tempo todo. Quantos cardos ele abriu, quantas vidra莽as ele decorou, tenho certeza de que n茫o sei dizer; mas devo contar uma coisa triste que ele teve que fazer. O pequeno Alan tinha seu pr贸prio jardim. Sua m茫e lhe dissera 脿 tarde para cuidar de suas plantas ou Jack Frost as destruiria. Alan havia adiado o trabalho porque estava ocupado brincando quando ela lhe pediu, e ele n茫o pensou nisso novamente at茅 que fosse tarde demais.

Quando Jack Frost chegou ao pequeno jardim, sentiu muito pelo que aconteceu. “Oh c茅us!” disse ele. “Eu gostaria que Alan tivesse pegado essas plantas! Eu odeio destru铆-las, mas n茫o posso deix谩-las aqui do caminho do velho Inverno.” Ent茫o as pin莽as afiadas foram retiradas junto com um pouco de tinta preta, e logo o jardim de Alan era uma vis茫o triste.

Na manh茫 seguinte, o ch茫o estava todo branco e brilhante, as 谩rvores pareciam muito alegres com suas folhas vermelhas e amarelas, e os esquilos estavam muito alegres enquanto colhiam as castanhas maduras. Mas havia um garotinho que se sentiu muito infeliz ao ver o que Jack Frost havia feito em seu jardim. “Da pr贸xima vez”, disse Alan 脿 m茫e, enquanto conversavam sobre seu jardim naquela noite, “da pr贸xima vez, levarei todas as minhas plantas para casa assim que voc锚 me disser que Jack Frost est谩 chegando.”

“Ent茫o Jack Frost tornou meu filho mais s谩bio”, disse sua m茫e.


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