Era uma vez, em uma terra distante e rara, viviam os peculiares Jumblies com cabeças verdes e mãos azuis. Eles eram conhecidos por seu espírito aventureiro e amor pelo mar. Numa manhã tempestuosa de inverno, eles decidiram embarcar em uma jornada extraordinária, zarpando em uma peneira.
Seus amigos os alertaram sobre a destruição iminente, mas os Jumblies, cheios de entusiasmo e admiração, gritaram: “Nossa peneira não é grande; mas não nos importamos um botão, não nos importamos um figo: numa peneira, iremos para o mar!” E assim partiram em sua peneira, enfeitados com um lindo véu verde-ervilha amarrado a um pequeno mastro.
Enquanto navegavam, o céu escureceu e a água logo entrou. Os Jumblies não se intimidaram e embrulharam os pés em papel rosa, preso com um alfinete. Eles passaram a noite em uma jarra de louça, sentindo-se sábios e contentes, girando em sua peneira sobre as ondas.
Sob a pálida luz da lua, eles assobiavam e gorjeavam uma canção ao luar, acompanhada pelo som ecoante de um gongo acobreado. “Ó Timballoo! Como somos felizes quando vivemos numa peneira e numa jarra de louça!” eles cantaram, navegando pela sombra das montanhas marrons.
Os Jumblies chegaram ao Mar Ocidental, uma terra repleta de árvores, onde coletaram tesouros maravilhosos. Eles compraram uma coruja, um carrinho útil, meio quilo de arroz, uma torta de cranberry e uma colméia de abelhas prateadas. Eles também encontraram um porco, gralhas verdes, um adorável macaco com patas de pirulito e um sem-fim de queijo Stilton.
Depois de vinte anos ou mais, os Jumblies voltaram para sua terra, mais altos e mais sábios, depois de suas jornadas. Eles estiveram nos lagos, na Zona Terrível e nas colinas de Chankly Bore. Seus amigos se alegraram e fizeram um banquete com bolinhos feitos de um belo fermento, fazendo um brinde aos bravos aventureiros.
A ousada viagem dos Jumblies inspirou seus amigos, que proclamaram: “Se apenas vivermos, também iremos para o mar em uma peneira, para as colinas de Chankly Bore!” E assim, a história dos Jumblies, com suas cabeças verdes e mãos azuis, tornou-se um conto de coragem, aventura e possibilidades ilimitadas da imaginação.