Asa Amarela

“O riacho, o riacho! Vamos para o riacho!” gritaram Willie e seus primos, George e Eddy, enquanto olhavam pela janela depois de uma tempestade e viam as margens transbordadas de um pequeno riacho.

Sapatos grossos e uma capa foram trazidos para Lizzie, e ela caminhou ao lado do pai enquanto os meninos corriam gritando e pulando na frente deles.

Eles encontraram o riacho mudado pela chuva. Alguns dias antes, eles haviam constru铆do uma represa atrav茅s dela, que formava uma linda cachoeira; mas agora tudo foi varrido, e o riacho n茫o era mais um riacho estreito, mas se espalhara e corria furiosamente sobre as pedras.

Enquanto os meninos corriam atr谩s de lascas de madeira que jogavam na 谩gua para os barcos, o pai, que estava com Lizzie debaixo de uma 谩rvore, viu algo se mover perto de seus p茅s e pegou um pobre p谩ssaro meio afogado. Lizzie chamou o irm茫o e os primos, e todos olharam para o p谩ssaro e disseram: “Coitado! Coitado!” Eles imploraram para lev谩-lo para casa, pois ele tremia de frio e parecia estar morrendo. Ele foi colocado nas m茫os de Lizzie; ela gentilmente o cobriu e o carregou para a casa de sua m茫e. A criaturinha foi seca e aquecida, e suas penas, que n茫o escondiam seu corpo quando molhadas, se espalharam e o cobriram com uma espessa plumagem.

“脡 realmente o mesmo p谩ssaro?” perguntou Lizzie. “Oh, estou t茫o feliz que papai o encontrou!”

“Veja”, disse Eddy, “o amarelo brilhante em suas asas marrons! Vamos cham谩-lo de Asa Amarela.”

Migalhas de p茫o foram oferecidas a ele, mas ele n茫o quis comer e gritou: “Piu, piu”, muito depois de ter sido colocado em uma cesta quente.

“Na manh茫 seguinte, Asa Amarela parecia bastante animado e n茫o gritou mais, “Piu, piu”, mas cantou alegremente, “Chirp, chirp”. 

鈥淓le vai ficar lindo como um can谩rio.” Willie olhou para a m茫e e seus olhos pareciam dizer: “Posso ficar com ele?”

Ela respondeu: “N茫o, meu filho, seria cruel tir谩-lo das 谩rvores e dos campos verdes. Como deve ser agrad谩vel a vida de um p谩ssaro. Viver em uma 谩rvore frondosa!”

“Eu sei”, disse Willie, “que n茫o gostaria de ser trancado em uma gaiola; mas o que faremos com ele?”

“Ele n茫o pode voar, coitado”, disse Lizzie. “Devemos mant锚-lo at茅 que ele possa voar.”

Eddy disse que havia um ninho no celeiro e disse que Asa Amarela poderia ser espremido entre aqueles filhotes.

“Mas”, disse George, “o ninho no celeiro pertence a uma andorinha, que n茫o gostaria de ter um p谩ssaro amarelo entre seus filhotes.”

Por fim, concordaram em lev谩-lo de volta ao riacho e tentar encontrar o ninho de onde ele caiu. As crian莽as logo come莽aram sua miss茫o de amor e bondade, mais felizes em levar um pobre p谩ssaro para seus pais do que se tivessem permiss茫o para mant锚-lo em uma gaiola. Eles o carregaram at茅 a 谩rvore sob a qual ele foi encontrado e o colocaram em uma cerca perto dela. Asa Amarela gritou: “Piu, piu” e “Piu, piu” foi ouvido da 谩rvore.

“Suba, suba”, eles pareciam dizer.

Mas ele n茫o podia voar para cima, e Willie disse: “Os velhos p谩ssaros n茫o descer茫o enquanto estivermos t茫o perto.” Ent茫o as crian莽as foram at茅 uma pilha de pedras e ficaram sentadas bem quietas.

“Veja, veja sua m茫e!” sussurrou Lizzie, enquanto um p谩ssaro maior voou da 谩rvore e pousou perto de Asa Amarela. Logo o velho p谩ssaro voou um pouco, e o jovem abriu as asas e a seguiu; um pouco mais longe foi a m茫e p谩ssaro, e Asa Amarela voou atr谩s dela; e voando uma curta dist芒ncia de cada vez, ele logo aprendeu a voar bem o suficiente para alcan莽ar um galho baixo de uma 谩rvore, depois um mais alto e, finalmente, os dois p谩ssaros ficaram escondidos entre as folhas. E Lizzie disse: “Ele est谩 t茫o feliz por voltar para o ninho quente!”


Downloads