No carvalho oco no gramado, um esquilo havia feito sua casa. Ele era um sujeito t茫o bonito, com seus olhos brilhantes e cauda longa e espessa. Ele tamb茅m era prudente, al茅m de bonito. Ou seja, ele era muito cuidadoso com as pequenas coisas e criou sua fam铆lia para ser igual. Sua fam铆lia era a Sra. Esquilo e tr锚s esquilinhos, e todos eles eram t茫o cuidadosos e ordeiros quanto poss铆vel. Nunca havia sequer uma ponta ou casca de noz desperdi莽ada na casa do Sr. Esquilo, e uma das primeiras coisas que ele e a Sra. Esquilo ensinaram aos filhos foi fazer um estoque de comida para comer nos meses de inverno. Eles eram coisinhas simp谩ticas, os esquilinhos: brilhantes, bem-humorados e obedientes. A mais velha, que se chamava Brownie, j谩 sabia fazer uma torta de nozes, ou um pudim de nozes com calda de castanha, quase t茫o bem como sua m茫e.
Neste dia frio de inverno sobre o qual venho lhe contando, o Sr. e a Sra. Esquilo, com Brownie e os pequenos, estavam sentados tomando ch谩 na velha 谩rvore oca do gramado. A tarde estava se transformando em noite, e a luz estava quase acabando, quando houve uma pequena batida na porta. Foi uma batida muito fraca, t茫o baixa que a sra. Esquilo n茫o teve certeza de que algu茅m havia batido, e esperou at茅 baterem de novo. Ent茫o o Sr. Esquilo se levantou e abriu a porta. A princ铆pio n茫o viu ningu茅m. “Quem est谩 a铆?” ele perguntou, em sua voz agrad谩vel e alegre.
“Sou eu, vizinho”, disse algu茅m l谩 fora, com tristeza. “Estou quase morrendo de fome e morrendo de frio. Voc锚 me deixaria entrar um pouco e me aquecer?”
O Sr. Esquilo imediatamente abriu a porta e disse: “Entre, entre. 脡 uma noite muito fria, com certeza. Entre e deixe-me fechar a porta; meu rabo est谩 quase congelado s贸 de ficar aqui.”
Ent茫o veio pulando para dentro da casa um coelho. Pobre Bimny! Como ele parecia miser谩vel! Seu pelo estava todo sujo e esfarrapado, e seu rabo pendia para tr谩s em vez de ficar em p茅, como deveria ser o rabo de um bom coelho. Suas orelhas estavam ca铆das e seus bigodes estavam quebrados e fl谩cidos. Ele tinha reumatismo em uma das patas traseiras e seus olhos, que deveriam ser t茫o brilhantes quanto os do Sr. Esquilo, estavam opacos e desanimados. No geral, ele parecia t茫o maltrapilho e triste quanto um coelho poderia ficar; n茫o se parecia nem um pouco como um coelho respeit谩vel e bem-educado.
A Sra. Esquilo ergueu ambas as patas dianteiras, consternada. O Sr. Esquilo apressou-se em colocar o pobre Bimny em uma cadeira ao lado do fogo, enquanto Brownie trouxe para ele sua pr贸pria fatia de p茫o de faia. O coitado do Coelhinho comeu avidamente e, por algum tempo, toda a fam铆lia de esquilos estava muito ocupada em atender 脿s suas necessidades para fazer qualquer pergunta. Quando ele estava aquecido e descansado, a Sra. Esquilo mandou todos os seus pequeninos para a cama, e ela e o Sr. Esquilo come莽aram a tentar descobrir o que havia levado seu pobre vizinho a uma situa莽茫o t茫o triste.
“Como eu poderia evitar?” disse ele tristemente. “Eu n茫o sabia que faria tanto frio, nem que a neve seria t茫o profunda que eu n茫o conseguiria comer um pouco do repolho de inverno. Tenho certeza de que eu estaria disposto a trabalhar, mas n茫o 茅 nada 煤til faz锚-lo. Na verdade, vizinho Esquilo, n茫o sei como voc锚 conseguiu. E ele olhou com inveja para o quartinho limpo e quente.
“Foi muito simples”, disse o Sr. Esquilo, gravemente. “Todos n贸s ajudamos e guardamos um pouco de tudo o que encontramos. Se encontramos seis nozes, guardamos tr锚s em nosso dep贸sito, e nozes foram muito abundantes neste outono. Portanto, embora o inverno seja muito rigoroso, n贸s teremos bastante. E bastante para um amigo tamb茅m, vizinho, ent茫o coma o quanto quiser e n茫o poupe o p茫o.
Foi muito gentil da parte do Sr. Esquilo, mas ele n茫o p么de ajudar muito o pobre Bimny. Ele tinha sido um sujeito t茫o ocioso e errante que n茫o conseguia se contentar em ficar com o Sr. Esquilo enquanto tremia nas rajadas frias e tentava em v茫o satisfazer sua fome, muitas vezes desejava ter sido t茫o prudente e econ么mico quanto a fam铆lia Esquilo. E a fam铆lia Esquilo, sendo t茫o bondosa quanto prudente, muitas vezes pensava no pobre Coelho com pena e se perguntava como ele estava passando, mas nunca mais ouviram falar dele.
