Ulisses e o Saco dos Ventos

O famoso Ulisses estava atravessando o mar, para sua casa na rochosa 脥taca, quando chegou 脿 ilha de E贸lia. Muitas foram suas andan莽as, por mar e terra, desde que ele deixou sua bela morada, e muito bem-vinda foi a vis茫o desta praia amig谩vel. Aqui vivia o grande Rei dos ventos – 脡olo – que podia enviar z茅firos suaves murmurando sobre o mar e podia chamar de volta as tempestades selvagens quando brincavam com as ondas. Bem, Ulisses e seus companheiros puderam se alegrar em chegar 脿 maravilhosa ilha flutuante do Rei 脡olo, pois aqui eles foram gentilmente tratados, depois de suas labutas e problemas, e quando chegou a hora de eles come莽arem mais uma vez seu caminho, 脡olo guardou em seu barco presentes e provis玫es de todos os tipos para sua viagem.

Um desses presentes era muito estranho em sua apar锚ncia – um grande saco protuberante, do tamanho de um boi; na verdade, era feito de pele de boi – amarrado firmemente com um cord茫o de prata brilhante. Este, 脡olo colocou cuidadosamente no barco e, chamando Ulisses de lado, disse-lhe que neste saco ele havia amarrado os ventos tempestuosos, para que nenhuma tempestade perturbasse a calma do oceano e desviasse o pequeno barco de seu curso. Se, no entanto, Ulisses precisasse a qualquer momento de uma rajada poderosa para afastar o barco rapidamente de alguma costa perigosa ou de algum inimigo, ele deveria abrir a bolsa com grande cuidado e deixar sair apenas o vento que desejasse. Para depois fech谩-lo novamente bem r谩pido e amarr谩-lo firmemente com o cord茫o de prata. Quando 脡olo se despediu de Ulisses e de sua tripula莽茫o, ele enviou um suave vento oeste atr谩s dele, para conduzi-los com prosperidade em seu caminho.

Dia ap贸s dia eles navegaram pacificamente sobre o oceano brilhante, o suave vendaval os levando, enquanto Ulisses manejava a vela e vigiava noite e dia. No d茅cimo dia, Ulisses estava dormindo no barco, descansando de seus trabalhos, quando os marinheiros come莽aram a conversar entre si sobre o misterioso saco. “Deve estar cheio de tesouros”, disseram eles, “e por que n茫o dever铆amos ter nossa parte deles?”

Falando assim tolamente, eles finalmente decidiram abrir a bolsa. Eles soltaram o cord茫o prateado, mas n茫o conseguiram fazer mais nada, pois os ventos tempestuosos explodiram imediatamente e, em um piscar de olhos, transformaram as ondas calmas em espuma e desviaram o barco de seu curso. O timoneiro nada podia fazer, pois o navio j谩 n茫o obedecia ao leme, e at茅 mesmo Ulisses, despertado pela como莽茫o geral, era impotente contra esses ventos ruidosos e sibilantes que lan莽avam o barquinho para l谩 e para c谩 脿 vontade.

Por fim, Ulisses e seus homens, levados para longe de suas costas nativas, avistaram a terra novamente. Os tolos marinheiros ficaram contentes o suficiente para puxar o barco para a praia e, em seguran莽a, mais uma vez acender o fogo e preparar uma refei莽茫o confort谩vel.

Muitos dias e anos se passaram antes que Ulisses finalmente chegasse a sua casa. Ele teve muitas aventuras depois disso, mas quando finalmente habitou em paz e sossego, na casa da qual esteve ausente por tanto tempo, sempre gostou de contar a hist贸ria do saco de ventos que lhe foi dada pelo rei 脡olo, e do grande desastre causado a seus marinheiros e a si mesmo por uma tola curiosidade.


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