Os Três Sapos

Hop, Croak e Splash eram três pequenos sapos que viviam em um rio agradável, e passavam os dias se divertindo nadando ou saltitando na grama verde. À noite, sentavam na margem e cantavam juntos, achando que cantavam muito bem; e se algum barco passasse, eles saltavam para a água, de cabeça para baixo, com grande barulho e respingos.

Hop não estava contente com essa vida tranquila; ele queria ver o mundo e insistia para que seu irmão Croak viajasse com ele.

— Estou cansado de ficar aqui nesse rio sem graça, sem diversão, exceto pular e cantar. Quero saber o que tem do outro lado da colina, e vou descobrir. Você pode ficar aí e dormir na lama, se preferir. Eu tenho mais espírito que isso, e vou embora.

Então, Hop partiu.

Sua boa irmãzinha Splash implorou para que ele ficasse, pois o mundo era cheio de perigos e ele era muito jovem para ir sozinho. Mas Hop disse para ela não se preocupar. Seu amigo Tartaruga o tinha convidado para viajar; e se um tipo tão devagar quanto Creeper podia começar uma jornada, é claro que o melhor saltador do rio ia se sair bem.

Enquanto ele estava se despedindo, a tartaruga já tinha subido na margem e estava bem a caminho da estrada além. Hop pulou atrás dela; e quando chegaram ao topo da colina, pararam para descansar—Creeper na estrada, sobre a areia quente, e Hop entre algumas margaridas perto dali.

— Como o mundo é grande! — disse ele, olhando com seus grandes olhos; pois nunca tinha visto casas antes, e a vila parecia tão grandiosa para ele quanto Londres seria para nós. — Eu gostei disso, e sei que vou me divertir muito. Vamos! Vejo fontes ali, e quero beber uma boa água.

Assim que ele falou isso, uma carruagem passou; e antes que o pobre Creeper pudesse sair do caminho, uma roda o esmagou até a morte.

— Misericórdia! Que monstros horríveis são esses! — exclamou Hop, saltando o mais rápido que podia para um jardim próximo, onde ficou tremendo e assustado, quase sem saber o que fazer. Ele pensava que a carruagem era uma criatura; e toda vez que ouvia o barulho das rodas, seu coração batia forte e ele cruzava as mãos de medo, enquanto se sentava sob as folhas de bardana. Finalmente, quando ficou tão quieto que ele se sentiu mais seguro, saiu e se divertiu bastante no canteiro de capuchinha, pegando moscas e brincando de esconde-esconde com um pássaro pequeno. Depois pulou para o gramado, onde o aspersor girava ao redor, e tomou um banho refrescante. Ele estava apenas estufando sua pele e piscando de prazer quando um sapo gordo, que morava sob o alpendre, o mandou, muito zangado, sair.

— Você é muito rude, e eu farei o que quiser. Este não é o seu jardim, então não precisa ficar me olhando desse jeito — respondeu Hop atrevido, abrindo bem a boca para rir do sapo, que era tão gordo que não conseguia dar saltos longos como o sapo vivaz.

— Muito bem, eu chamarei o gato; e ele fará você saltar, a menos que você queira que esse bonito casaco verde seja rasgado de suas costas pelas garras afiadas dele — disse o sapo, pulando lentamente para o canto ensolarado, onde um gato cinza estava cochilando.

— Não tenho medo — disse Hop; pois ele nunca tinha visto um gato, e pensava que o sapo estava inventando tudo.

Então ele deu um passeio tranquilo, olhando ao redor como se fosse o dono de todo o jardim. Viu uma criatura bem bonita brincando com folhas, e apressou-se para falar com ela, ansioso para fazer novos amigos nesse lugar agradável. Mas veja, quando o sapo falou do estranho para o gato, o gato apenas bocejou e voltou a dormir, sem se interessar em brincar com ninguém. Mas a gatinha que estava ao lado ficou curioso para ver um sapo e saiu correndo para encontrá-lo. Hop não sabia que aquela era a filha do gato até que a gatinha pulou em cima dele como se fosse um rato, e em vez de brincar de algum jogo legal e contar tudo sobre o novo mundo, como Hop esperava, ela o arranhou e mordeu, jogou-o para cima e o deixou cair de novo no chão duro. Ele tentou fugir, mas ela deixou ele saltar um pouco e depois pulou novamente, batendo nele com as patas e arrastando-o até que ele quase estivesse morto.

Ele acreditou no velho sapo agora e pensou que o fim do mundo havia chegado. Teria sido o fim do mundo para ele, se um cachorro não tivesse entrado no jardim e feito a gatinha subir numa árvore, bufando e olhando feio como um dragãozinho. O pobre Hop se arrastou para baixo de um arbusto de groselha e ficou lá, desejando que a gentil Splash fosse lá para cuidar de seus ferimentos e confortá-lo com hortelã do lado do rio e uma folha fresca de lírio para usá-la como lençol molhado para envolvê-lo.

— Este é um mundo terrível, e eu gostaria de estar seguro em casa — suspirou ele, enquanto o sol ficava quente, a água era cortada, e o vento parava de soprar.

Mas ele estava muito fraco para saltar e ficou lá, ofegante até a noite, quando uma chuva salvou sua vida; e bem cedo pela manhã, ele partiu em busca do rio antes de se meter em mais encrenca.

Ele foi bem devagar, mancando e dolorido; mas conseguiu sair do jardim e estava prestes a dar um salto gigantesco sobre a estrada, com medo de ser esmagado como Creeper, quando ouviu um suave farfalhar atrás de si e viu uma coisa longa e fina, cinza, com olhos bem brilhantes e uma língua que saía e entrava rapidamente.

— Não vejo garras cruéis; então não pode ser um gato — pensou Hop, ficando agora tímido quanto a fazer novos amigos.

— Venha aqui e fale comigo — sibilou a cobra, ansiosa para comer o bonitinho sapinho.

Hop sentiu-se bastante nervoso, mas quis ser educado; então deixou o estranho se enrolar carinhosamente ao seu redor e olhar bem em seu rosto enquanto ouvia a história de aflição que ele alegremente contou. Mas então percebeu que não conseguia se mover nem tirar os olhos das chamas nos olhos da cobra, e a língua que se movia parecia pronta para picá-lo. Então ele se assustou e tentou escapar; mas só deu um salto, pois a cobra o pegou pelas patas traseiras e o segurou firme, engolindo-o lentamente.

— Socorro, socorro! — gritou Hop, em desespero. — Croak! Splash! Oh, venham me salvar, me salvem!

Mas não havia ajuda; e em poucos momentos não havia mais sapo, pois a última pata havia desaparecido na garganta da cobra. Pobre Hop!

Agora, sobre seu irmão Croak. Croak era um sujeito barulhento, e mantinha um grande alvoroço tentando cantar mais alto que qualquer outro sapo; ele se orgulhava muito de sua voz e se sentava sobre um tronco à noite dizendo — Ker honk! ker honk! — até que todos se cansassem de ouvi-lo.

Os mais velhos lhe diziam para não forçar tanto a garganta até que sua voz estivesse mais forte; mas ele achava que os invejavam pelo poder e doçura de sua voz e coaxava cada vez mais alto.

Os meninos que vinham ao rio para nadar costumavam zombar dele e tentar ver qual sapo cantava tão alto. Isso o agradava; e, em vez de ficar quieto e ficar entre seus amigos, o tolo Croak foi e se sentou sozinho em uma pedra, para que todos pudessem ver e ouvir o grande cantor.

— Agora — disseram os meninos —, podemos pegá-lo e mantê-lo em um balde; e quando nos cansarmos do barulho, podemos bater em sua cabeça e fazê-lo ficar quieto.

Então, enquanto o vaidoso sapo ficava coaxando a plenos pulmões, dois dos meninos nadaram até a pedra e jogaram uma rede sobre ele. Ele chutou e se debateu; mas eles o pegaram firme e o amarraram em um pacote até chegarem ao balde, onde o deixaram com um pouco de grama, dizendo:

— Agora cante, velho!.

Mas Croak não podia cantar, estava tão assustado e infeliz; pois estava com fome e cansado, e não lhe deram as coisas certas para comer, nem nenhum tronco musgoso para descansar. Eles o cutucavam com paus, o levantavam para olhar seus dedos engraçados, abriam sua boca grande e o seguravam por uma pata para vê-lo chutar. Ele tentou subir, mas os lados do balde eram escorregadios e teve que desistir. Ficou nadando e flutuando até se cansar e comeu migalhas de pão e grama para não morrer de fome; mas estava muito miserável, embora as crianças viessem ouvi-lo cantar, e ele não tivesse mais nada a fazer.

Entre as crianças estava uma menina bondosa que se compadeceu do pobre sapo, e um dia, quando estava sozinha, pegou-o com cuidado e o colocou na grama, dizendo:

— Corra embora, sapinho, para casa de sua mamãe, e não conte para os meninos que eu o libertei.

— Obrigada, minha querida; aqueles meninos maus nunca mais me verão nem me ouvirão — respondeu Croak, saltando o mais rápido que pôde, sem se importar com a pressa em que estava e sem notar que não estava indo para o rio.

Depois de andar bastante, ele chegou a um tanque onde muitos sapos pareciam estar se divertindo muito; pois havia muita comida, pedras para se sentar e água fresca fluindo o tempo todo.

— Ah! Esses devem ser muito elegantes para viverem dessa forma luxuosa. Cantam bem, mas nenhum tem uma voz profunda e esplêndida como a minha. Vou pular e impressioná-los com minha melhor canção — disse Croak, depois de observar e ouvir por um tempo.

Se ele soubesse que aqueles sapos estavam sendo mantidos ali para engordar e serem comidos por um velho cavalheiro francês, teria pulado longe e salvo sua vida; mas estava tão ansioso para mostrar sua voz, que deu um salto e foi com um splash para dentro do tanque, assustando os outros e fazendo um grande alvoroço. Ele gostou disso; e, subindo na pedra mais alta, deu-lhes sua canção favorita, o “Ker honk”, até o ar vibrar com o som.

Os outros sapos ficaram muito impressionados, pois acharam que era uma música maravilhosa; então se reuniram ao redor, apertaram as mãos e deram as boas-vindas ao estranho, certos de que ele deveria ser um músico distinto, pois estava se comportando de forma tão arrogante. Agora Croak estava em sua glória, se inflou e ficou olhando as sapinhas até que elas ergueram seus leques de folhas verdes para esconder os sorrisos. Os rapazes tentaram imitá-lo, até que o tanque ficou tão barulhento que o velho cavalheiro disse ao seu cozinheiro, —

— Mate uma dúzia dos mais gordos para o jantar.

Os sapos haviam contado a Croak que, de vez em quando, alguns deles eram escolhidos para ir viver na grande casa; e todos estavam ansiosos para descobrir qual boa sorte havia acontecido aos seus amigos, pois nenhum jamais voltava para contar a triste verdade. Então, quando viram o homem de chapéu branco e avental chegar ao tanque e olhar para eles, todos começaram a pular e dançar, esperando ser escolhidos.

Com uma rede de cabo longo, o cozinheiro pegou os mais gordos e os colocou em um balde coberto até ter sua dúzia. Croak não estava ali tempo suficiente para engordar muito, então teria escapado dessa vez se tivesse se calado. Mas ele não conseguiu ficar quieto e fez tanto barulho que o cozinheiro disse, —

— Tenho que pegar e calar esse bandido.

Então ele segurou a rede aberta; e o sapo tolo pulou para dentro, sem saber que havia cantado sua última canção.

Croak ficou desapontado quando viu apenas panelas e frigideiras e uma grande fogueira; pois o vaidoso realmente pensava que fora escolhido para cantar diante de pessoas finas. Mas sua decepção se transformou em horror quando viu seus amigos sendo tirados um a um e suas pobres perninhas cortadas para fritar no jantar. Aquela era a única parte que o cozinheiro usava, e o resto ele jogava fora. Croak foi deixado por último, pois não seria comido; e enquanto esperava sua vez, se desesperava dando voltas no balde, tentando fugir, e coaxando tão desolado que era um milagre o cozinheiro não ter pena dele. Mas ele não teve piedade, e estava indo em direção ao balde com a faca grande na mão, quando o velho cavalheiro desceu para ver se suas ordens estavam sendo cumpridas, pois ele dava muita importância ao seu jantar. Todas as pobres perninhas estavam na frigideira prontas para cozinhar; e ele estava tão contente que disse, olhando para o sapo magro nadando de forma tão animada:

— Ah! Esse é um sujeito bem esperto. Vou colocá-lo no meu aquário; os peixes dourados e o caranguejo vão gostar de uma companhia, acho eu.

Então, pegando Croak por uma pata, ele o levou escada acima e o jogou no grande aquário, onde vários peixes dourados bonitos e um caranguejo rabugento viviam juntos. Croak ficou tão feliz por escapar de ser frito que ficou bem quieto, humilde e comportado; e embora sua nova casa fosse uma prisão, ele tentou se contentar e nunca reclamou quando os peixes lindos o chamaram de feio e o caranguejo rabugento beliscou seus dedos. Ele estava com saudades de casa e sentia muita falta do rio agradável, dos jogos alegres que costumava ter e de sua querida irmãzinha. Ele nunca cantava agora, com medo de ser morto se o fizesse; mas quando as janelas estavam abertas durante a noite de verão e ele ouvia a música de seus amigos, ele colocava as mãos na frente do rosto e chorava tantas lágrimas amargas que a água ficava bem salgada. Ele aguentou o quanto pôde; mas seu coração se partiu no final, e um dia o pobre Croak foi encontrado flutuando na superfície do aquário, bem morto. E assim foi o fim dele.

A boa Splash vivia em casa, toda segura e feliz, e era tão gentil com todos que seus vizinhos a amavam muito e cantavam suas qualidades em seus concertos à noite.

O Príncipe Sapo queria se casar, e estava procurando uma esposa, pois era muito exigente. Então ele se enrolou em uma capa de folha morta, colocou uma casca de noz vazia na cabeça como capô e, apoiado em um bastão de junco, foi saltitando ao longo do rio como uma pobre velhinha, pedindo nas casas para ver como as sapinhas se comportavam em casa.

Quando ele saía como o Príncipe montado em um camundongo de campo, com bandeiras tremulando e toda sua corte ao redor, as sapinhas ficavam modestamente ao lado de suas mamães, todas em melhor traje, e faziam uma reverência doce quando ele passava. Mas agora ele chegava às portas dos fundos, como um pobre mendigo, e era bem diferente. Algumas eram preguiçosas e ficavam muito tempo na cama de ervas do rio, enquanto as mães faziam o trabalho; outras eram gananciosas e comiam todas as melhores moscas para si mesmas; outras batiam e brigavam com seus irmãos e irmãs em vez de cuidar deles; e quase todas eram vaidosas. O Príncipe pegou muitas olhando para seus olhos brilhantes em poças tranquilas, ou colocando coroas de flores aquáticas na cabeça, ou se banhando com orvalho para não ficar com sardas no rosto. Elas estavam sempre prontas para dançar nos bailes, fazer passeios de barco ou cantar nos concertos onde todos podiam ouvi-las; mas poucas eram aplicadas, doces e obedientes em casa, e o Príncipe não encontrou em lugar nenhum a noiva que queria. Ele adorava música, então ouviu os concertos e logo se perguntou por que todas cantavam uma canção com esse coro:

“Quem é a mais bela que nada no rio?
Quem é o sapo mais querido sob o sol?
Cuja vida é cheia de doce empenho?
Quem é a mais alegre, a que brilha em rol?
Splash, Splash, coisa adorada!
Todos cantam seu louvor, com alma encantada!”

— Eu devo encontrar essa criatura adorável e ver se ela é tudo o que dizem, porque se for, farei dela uma Princesa num piscar de olhos — disse o Príncipe; e partiu à procura de Splash, pois ele era um sapo muito enérgico.

Logo a encontrou, pois ela estava sempre ocupada fazendo algo para seus vizinhos; e ele a observou ensinando os pequenos girinos a nadar, ajudando os sapos mais velhos a se sentarem ao sol quando o tempo úmido causava reumatismo, ou cuidando dos doentes, ou alimentando os pobres, ou correndo com recados para mamães ocupadas com grandes famílias e filhas preguiçosas.

Em sua própria casinha, tudo estava tão arrumado quanto cera, mas ela se sentia tão solitária que não gostava de ficar lá por muito tempo. O dia todo ela ajudava os outros, e à noite sentava-se à porta, pensando tristemente em seus irmãos perdidos. Ela era muito bonita com seu vestido cinza bem cuidado e avental branco, com seus olhos brilhantes, rosto gentil e voz doce; embora raramente cantasse, exceto para embalar os pequenos sapos e os doentes.

Ela estava embalando um pequeno girino para dormir dessa maneira, um dia, quando o Príncipe disfarçado veio se arrastando e pediu algo para comer. Colocando o pequeno Wiggle em seu balanço de teia de aranha, Splash disse amavelmente:

— Sim, minha senhora, entre e descanse enquanto eu preparo seu jantar. Aqui está um macio travesseiro de musgo, e uma folha de água fresca da nascente.

O Príncipe ficou muito tempo conversando com ela, ouvindo sobre seus irmãos e vendo como ela era doce. Ele decidiu que ia se casar imediatamente; pois os sapos não gastam muito tempo nem dinheiro se preparando – eles apenas lavam seus trajes verdes e cinzas e convidam os amigos para o casamento. A noiva sempre pode encontrar uma delicada teia de aranha na grama para o véu, e isso é tudo o que ela precisa.

O Príncipe pensou que faria mais uma tentativa, então disse a ela:–

— Estou muito manco; você me levaria ao palácio? Quero ver o Príncipe. Você o conhece?

— Não; eu sou apenas uma criatura humilde, e ele não se importaria em me conhecer — disse Splash, modestamente. — Mas eu admiro muito ele, ele é tão corajoso, justo e bom. Adoro vê-lo passar, e sempre espio atrás da minha cortina, ele é uma visão tão esplêndida.

O Príncipe corou sob o chapéu de casca de noz com tanto elogio, e tinha certeza, pela maneira como Splash falou, que ela o amava um pouquinho. Então, ele ficou muito feliz e queria dançar, mas manteve-se quieto e se apoiou no braço dela enquanto a seguia até a margem, ela o colocou cuidadosamente sobre uma folha de lírio e remou para longe, sorrindo para ele e falando tão docemente que ele foi se apaixonando por ela a cada momento.

Finalmente chegaram ao palácio, todo feito de lírios d’água brancos, com flores vermelhas de cardeal para bandeiras, pisos de musgo verde e mesas de cogumelos cor-de-rosa com xícaras de bolotas cheias de mel, frutas vermelhas e todas as iguarias que os sapos amam; pois o Príncipe tinha enviado um telegrama pelo vento para prepararem um banquete.

—Entre. Eu tenho algo para você em troca de sua bondade comigo. Eu não sou o que pareço, e em um momento você verá quem é o seu novo amigo — disse o Príncipe, conduzindo-a ao grande salão onde estava o trono.

Então ele a deixou, se perguntando o que aconteceria, enquanto ele corria para tirar suas roupas velhas e colocar o traje de veludo verde, a coroa de lírio e o alto junco que era seu cetro. Ele estava esplêndido, com meias de seda branca nas longas pernas, os olhos brilhando, e o colete manchado se inflando com a alegria de seu coração.

As trombetas soaram; todos os sapos da corte entraram marchando, com o Príncipe à frente; e quando estavam sentados à mesa, ele tomou a mão da surpreendida Splash e disse em voz alta:

— Esta é a sua Rainha, a melhor, a mais linda do reino! Tragam o véu de noiva; deixem os sinos tocarem, e gritem comigo: ‘Viva! Viva a Rainha Splash!’


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