Tio Wiggily Longorelhas, o gentil coelho cavalheiro, estava passeando pela floresta em um dia, imaginando que tipo de aventura ele teria, quando viu um pequeno caminho que se afastava do seu bangal么 de toco oco, e parecia levar a uma parte da floresta onde ele nunca havia estado antes.
“Vou seguir por esse caminho e ver aonde ele vai dar”, disse o coelho cavalheiro para si mesmo.
Ent茫o, pegando um peda莽o de grama de fita, que crescia perto de um agrupamento de samambaias, ele amarrou firmemente seu alto chap茅u de seda na cabe莽a, deixando suas orelhas sa铆rem pelos buracos no topo. Ele colocou por baixo da pata sua bengala listrada de vermelho, branco e azul, que parecia um poste de barbeiro, feita de talo de milho, que a Enfermeira Jane Fuzzy Wuzzy, a dona de casa musaranho, tinha ro铆do para ele. E l谩 foi o Tio Wiggily.
Era um agrad谩vel dia quente de ver茫o, e antes que o velho coelho cavalheiro tivesse andado muito, come莽ou a sentir sede, assim como voc锚 sente quando vai a um piquenique e come picles, embora eu espere que voc锚 n茫o coma muitos.
“Ser谩 que h谩 uma fonte de 谩gua por aqui?” pensou o Tio Wiggily, e ele come莽ou a olhar ao redor, por baixo dos galhos baixos das 谩rvores e arbustos, ao mesmo tempo escutando o suave murm煤rio de um riacho fluindo sobre pedras verdes cobertas de musgo.
Ent茫o o Tio Wiggily cheirou com seu nariz rosa e brilhante at茅 que ele ficou parecendo uma galinha bicando milho.
“Ah, ha!” exclamou o Tio coelho. “Eu sinto cheiro de 谩gua!” Pois, como voc锚 sabe, animais e p谩ssaros conseguem sentir o cheiro de 谩gua mesmo quando n茫o podem v锚-la, o que 茅 um dom mais apurado do que o nosso.
Ent茫o o Tio Wiggily cheirou e cheirou, e ent茫o, apontando o nariz rosado e cintilante para a frente, deixou que ele liderasse o caminho, em vez de ficar para tr谩s. Seguiu-o at茅 que o levou diretamente a uma pequena piscina de 谩gua que brilhava ao sol, enquanto musgos verdes, samambaias e arbustos cresciam em volta.
“Oh, que fonte maravilhosa!” exclamou o coelho, “E como estou com sede!”
O Sr. Longorelhas (como o chamo de in铆cio ao apresent谩-lo a estranhos) estava prestes a tomar um o gole da piscina, ou da fonte, quando ele notou um pequeno peda莽o de casca de b茅tula amarrado com um fio de grama a uma samambaia que crescia perto da 谩gua.
“Ha! Eu me pergunto se isso 茅 um aviso para n茫o invadir, ou para n茫o pescar nem ca莽ar, ou para manter-se fora da grama, ou s贸 entrar em caso de neg贸cios ou algo assim?” pensou o Tio Wiggily, enquanto colocava os 贸culos para ver se havia alguma escrita na casca de b茅tula, que os animais usam como n贸s usamos papel. E havia algo escrito na casca. Dizia:
“Por favor, n茫o pule dentro, nem beba, at茅 que eu chegue. Alice do Pa铆s das Maravilhas.”

“Ha! Isso 茅 estranho”, pensou o Tio Wiggily. “Alice deve ter estado aqui e colocado esse aviso. Mas por que ser谩 que ela fez isso? Se ela soubesse o quanto estou quente e com sede, n茫o me faria esperar at茅 que ela chegasse para beber. Talvez seja tudo uma brincadeira e nem mesmo seja a escrita dela. Um dos crocodilos ruins ou a raposa peluda pode ter colocado o aviso para me enganar.”
Mas quando o coelho cavalheiro deu uma segunda olhada no aviso na casca, viu que realmente era a escrita de Alice.
“Bem, ela deve ter algum motivo para isso”, disse o coelho, com um suspiro. “Ela sonhou certo sobre dois garotos gordinhos – Tweedledum e Tweedledee – que me salvaram dos crocodilos, ent茫o deve haver uma raz茫o para me pedir para esperar. Mas eu estou com muita sede.”
O Tio Wiggily sentou-se na margem verde, coberta de musgo, ao lado da fonte de 谩gua e olhou para ela. Ela parecia t茫o fresca e molhada, e ele estava t茫o sedento, que foi um desafio segurar o impulso de pular e tomar banho, bem como beber tudo o que quisesse.
O sol ficou mais quente e mais quente, o coelho mais e mais sedento, e ele n茫o sabia o que fazer, quando, de repente, surgiu dos arbustos um velho e mau urso preto.
“Ah, ha!” rosnou o urso. “Cheguei bem na hora, pelo que vejo!” e ele passou a l铆ngua vermelha sobre os dentes brancos como se estivesse colocando-a num passeio de carrinho de beb锚.
“Em tempo para qu锚?” perguntou casualmente o Tio Wiggily, fingindo indiferen莽a.
“Em tempo para o almo莽o”, respondeu o urso. “Eu estava com medo de estar atrasado. Espero n茫o ter feito voc锚 esperar.”
“Para o meu almo莽o?” perguntou o Tio Wiggily.
“N茫o. Para o MEU!” e mais uma vez o urso lambia os l谩bios com fome. “Cheguei bem na hora, pelo que vejo.”
“Ah, eu pensei que voc锚 quisesse dizer que chegou a tempo de tomar um gole desta 谩gua”, disse o coelho, apontando para a piscina. “Se for isso, voc锚 n茫o chegou.”
“Como assim, se for isso?” perguntou o urso.
“Quero dizer que n茫o podemos beber at茅 Alice chegar, o aviso diz isso”, explicou c么rtes o Tio Wiggily.
“Pooh! Eu n茫o acredito em avisos”, resmungou o urso. “Estou com sede e vou beber”, e com isso deu um grande gole na piscina da floresta. E ent茫o uma coisa engra莽ada aconteceu.
O urso come莽ou a encolher. Primeiro ficou do tamanho de um cachorro, depois de um gato, depois de um gatinho, e depois encolheu ao ponto de parecer um rato. Passou pelo tamanho de um besouro de junho, depois de julho. Finalmente, tornou-se t茫o pequeno quanto uma formiga preta, at茅 virar um micr贸bio que o Tio Wiggily n茫o conseguia mais ver.
“Bem, gra莽as a Deus ele se foi!” exclamou o coelho. “Mas o que o fez encolher assim?”
“Foi a piscina de l谩grimas”, disse uma voz atr谩s do coelho, e l谩 estava Alice do Pa铆s das Maravilhas. “Essa piscina 茅 谩gua de alume azedo, Tio Wiggily”, disse ela, “e se voc锚 beb锚-la, encolher谩, murchar谩 e desaparecer谩. Foi por isso que coloquei o aviso, para que nada acontecesse com voc锚. Eu sabia sobre a piscina, porque ela est谩 no meu livro de hist贸rias. E agora podemos ir ter outras aventuras engra莽adas.”
E l谩 foram eles colina acima e colina abaixo, e o urso nunca mais foi visto novamente.